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Sucessos Nobianos Que O Mundo Nunca Ouviu!

by Gustavo Nobio

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Autoria: Gustavo Nobio - © 2009 - Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Diante do espelho do banheiro me vejo como reflexo de um homem pensativo Certeza não tenho de nada, nada é definitivo No momento decisivo não vou "amarelar" e correr como um fugitivo Seguirei até o fim com segurança, pés no chão, intuitivo! Eliminando o substantivo MEDO com corretivo A visão que projeto da cidade dá o ritmo do mote Percorro uma légua, mato um leão por dia para comprar o meu lote Ficar junto da família e saborear o mel que há no pote Mas quando anoitecer e as estrelas me chamarem parto pra dançar um xote Um ano voa, passa rápido e hoje nem parece que passei por tanta etapa Jogada por jogada a gente aprende a colocar todas as bolas na caçapa Feito malandro sinuqueiro que se cria em boemia carioca num lugar de nome Lapa Clamo pelo que há de mais Sagrado se o clima é carregado e nebuloso Sob as copas de uma rua do meu bairro eu concluo receoso... Que o tempo que passa é muito precioso Estudo numa escola onde mó galera estuda e que ninguém se matricula A partir de ensinamentos que o mundo vai passando é que o aluno se articula Fornece o preparo necessário que o guia e que jamais se desvincula Tu és imagem e semelhança do que se propõe a ser, o que borrão nenhum macula As atribulações se espalham rapidamente como as águas do temido tsunâmi Alarmando a população que habita geografias diferentes, seja a terra do Gudang ou a terra do Origami A zona metropolitana tem prazeres, mas às vezes o refúgio que se quer é o Pantanal ou a Tribo Ianomâmi Embora o agito e o corre-corre possam desencadear arritmia das batidas, deve-se persistir em oração que tem a força de um enxame Sou mais uma abelha integrada convivendo com outras numa colmeia Suscetível ao gozo das benesses e também chateações que sempre levam à cefaleia Cooperando com meus esforços que se somam a esforços criando uma centopeia Que faz impulsionar a roda social gerando venda, consumo, espetáculo e plateia Além de estabelecer a ordem aplicando as regras e as leis obedecidas pelo crente em devoção ou em convicção ateia Ando com um amigo que se chama J. Cristo do que mal acompanhado pela droga de patota O freio do meu juízo é de extrema eficiência e por isso não capota Humildemente comecei no fim da fila de uma frota Ouvindo o buzinaço inconfundível de lorota Enquanto vou acelerando, lá na frente já estão me esperando pra polir minha calota
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Intro: “Ore ao Senhor, mantenha a fé/Mantenha a fé, peça ao Senhooor…” Andando pelo campo sinto A Força Maior Acima do lugar e das cabeças Ele habita Autor e Construtor de tudo, tudo ao meu redor Sempre Blasfemado por alguém que não credita Não tenho no meu bolso notas de cem sobrando A terra enche a mesa, dá de graça e com fartura O que nos grandes centros muitos estão tentando Aqui eu vou colhendo a safra da semeadura Sol e chuva ao solo que produz o pão Aquecem e molham para renovar Fauna e flora em perfeita comunhão Fazem a alegria surgir e se espalhar Celebram o encanto de um dia singular É sempre Blasfemado e por gente que desacredita O Autor e Construtor de tudo ao nosso redor Acima desse lugar e num plano superior Ele habita Andando pelo campo sinto essa Força Maior Quem criaria tantas obras ricas em detalhes e banhadas de primor? Só poderia ser o Criador do próprio esplendor O Grandioso Mestre e Mentor/Nesse mundão azul, não tem cá quem se iguale Se quiser que sua voz chegue até Lá, com C-R-I-S-T-O então concentre-se e fale Pois o iníquo trabalha dia e noite para que a humanidade silencie e se cale O homem colabora com aquele bicho pernicioso dando margem para o adverso Nos momentos mais difíceis quem estende a mão é o Poder que rege todo o universo Mas, o ser humano só se curva e pede quando é profunda a dor ficando totalmente imerso Sermos gratos nós devemos, seja o dia de aridez ou de chuva de maná Gratidão pela higidez, pelo o que se come e pelo o que se comerá O ar que nos rodeia e a luz para as retinas, Ele é quem dá J-E-O-V-A… Se-nhor ‘Jah’, Je-o-vá!!!
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Música e Letra: Gustavo Nobio - © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Parece obsessão, uma febre ensolarada, alguma coisa patológica/Quem tem objetivação busca a sua felicidade com a sua agilidade e usando bem a lógica/Bem…, pelo menos essa é a minha ótica/Depois que termina o auê carnavalesco tudo volta ao perfeito “imperfeito funcionamento”/Todos caem na “real” e se veem prisioneiros do tormento/Se antes era risos e alegria, agora acaba a ilusão e continua o lamento/Minha vida segue rotineira, acordando cedo de segunda a sábado, sabia?/Para garantir o meu fundo de garantia/Todo dia/Fazendo o mesmo percurso já rodado, por P.M.’s abordado, com o pensamento voltado à ritmada eloquência da minha poesia/Berço de ouro nunca foi meu leito de nascedouro, portanto, seguro minha barra com muita ousadia/Mantendo viva a meta traçada, sempre calculada nas idas e vindas pela ponte Rio-Niterói que faz a via O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse A luta diária é como um combativo duelo de gigantes/Brigamos e lidamos com forças e adversidades a todos os instantes/Poucas são as pessoas que te dão apoio, que nas horas críticas a sua autoestima dão um ótimo levante/Gente disposta a baixar sua potência de agir tem de montão pra destruir o seu sonho tão importante/(Aqui, óóó!!!)/Mando um “F” de tamanho grande e nada elegante/Não me atrasa se você não me adianta/Não empaca na minha frente sua anta/Jesus, Maria, José! Eu vivo cada coisa e sei exatamente como é/Alguém tentando incansavelmente por sal no teu café/Fauna de selvagens animais que pensam, tipo crocodilo devorando jacaré/Dizem que o segredo é a alma do empreendimento pro negócio prosperar/Pois bem, batalho oportunidades em silêncio, a driblar/Zoião de seca pimenteira que tem a mania de bisbilhotar/Nada vai me atrapalhar/Tô em casa e daqui ninguém me tira, Niterói é o lugar/Meu doce lar O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse Apesar daqueles dias de dureza/Levo na “boa” e compenso com simpatia e gentileza/O capital depois a gente dá um jeito de ganhar, o que não pode faltar é saúde e comida lá na mesa/Mas é impossível não indignar-se com cenas cotidianas que provocam um misto de raiva e tristeza/Bate um arrependimento e sentindo-me mal, peço perdão pela fraqueza Se estou “necessitado”, um cachorro abandonado à procura de consolo Recorro aos afagos e abraços daquela mulher tão calorosa e cativante Perto do término do dia anseio pela calmaria e detesto tudo que for “rolo” A paisagem sempre guarda um detalhe dependendo do ângulo do observante Seja bem-vindo, venha, visite/Não tem cacique, a tribo é Nikiti/Já dizia um samba da antiga que “sonhar não custa nada” e a força de vontade é valiosa/Ando sonhando alto para dar sustentação a minha exaltação criadora e ruidosa/E sou chamado de maluco, vê se dá?/Por não assimilarem o propósito da causa/Convido todos, pois quem viver ouvirá/A sessão de som batendo forte e sem tempo para pausa O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse Foi-se a época das viagens para a roça e dos passeios a cavalo/Da infância e das férias com os primos qu’eu passava em São Gonçalo/Do menino magrelo lá no centro da cidade (Niterói!) apelidado de Lula Lelé/Que jogava seu Atari, zerava Pac-Man, fã de MC Hammer e péssimo na bola com o pé/Eu não nasci pra ser Pelé/Hoje o garoto obstinado corre o mundo e aos predadores não se redime/Entoa o bravo canto do rep, simplesmente uma arte tão sublime/Que canaliza angústias e alentos que o emecê exprime/Eu fui capacitado com o dom de musicar o que a mente grava e depois imprime/Enquanto o sonho não se materializa/Faço aquilo que está na medida do possível porque cada ser humano tem uma baliza/Me concentro, componho, treino pra caramba, ensaio as canções e preparo o repertório, pois só cresce e evolui quem se atualiza/Se a boca é o passaporte para Roma, atravesso o oceano carregando meu discurso até a Torre de Pisa/(Éah!)/O autêntico hip hop não, não, não para e o velho samba nunca morre/Sendo assim eu caio de cabeça e por favor não me socorre O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2004 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Iá-Iá-Iá-Iá-Iê Iê-Iê-Iê-Iê-Iá Iê-Iê-Iê-Iê-Iá Iá-Iá-Iá-Iááá... Há fulanos que falam que são malandros só porque têm um "oitão" com muita bala O malandro de verdade curte a vida desarmado e não cava a sua vala De calça jeans ou alinhado, de tênis ou de sapato, onde chega é bem tratado Sempre querido e respeitado, tem presença, fala bem pois é um cara denodado Andando em grupo ou sozinho, vai em frente pela sombra com a consciência limpa Não deve nada a ninguém, é gente boa e seu jogo de cintura é supimpa É modesto quando fala, procedendo como homem não se achando o batuta Sujeito original, dispensa a farsa e o uso de uma máscara fajuta Malandro inconsequente e vacilante que na área abusa da valentia Deita mais cedo no sereno sem lençol ou travesseiro e não acorda noutro dia Ô, malandro, o que que há?/O que faz você pensar/Que pode se agigantar/A fim de nos esmagar? Ô, malandro, assim não dá/Se coloque em seu lugar/Você pode se estrepar/Ao querer todos peitar Atenção meu "cumpádi" se você faz barulho sem necessidade Toda mãe derrama prantos e lamenta ao perder o filho em tenra idade Que malandrice é essa que coloca o próprio corpo exposto ao envenenamento Se reduzindo a um farrapo só por causa do efeito de um químico contento Quem é malandro se adianta, vai veloz e nunca deixa na carência a sua amada Para brigar com desafetos ou ficar falando asneira em meio à rapaziada Ganhar no grito difamando com injúrias tão cruéis só alimenta o rancor Modo de agir de alguém mal resolvido, infeliz, sem pundonor Malandragem de verdade dá nó cego em pingo d`água e mantém tudo "firmeza" Ao invés de fazer cara de mau, é melhor raciocinar e ter... destreza Ô, malandro, o que que há?/O que faz você pensar/Que pode se agigantar/A fim de nos esmagar? Ô, malandro, assim não dá/Se coloque em seu lugar/Você pode se estrepar/Ao querer todos peitar A vida apesar de muita dura é tão bela pra abusarmos tanto dela Reclame menos, lute mais para encontrar o aconchego desviando da mazela Mais vale um sentimento de pureza a uma compulsiva fome de consumo Ser incondicional e verdadeiro com pessoas tão carentes sem o sumo Mesmo sendo tu um malandro "bunda suja" ou malandro d`alta roda O ciclo natural detém os galhos tão selvagens ao executar a poda A minha munição é uma caneta entre os dedos e uma ideia alucinante Lapido as palavras e transformo a poesia ritmada em diamante Tô acordado, observando em seguida musicando, cuidadoso e tô ligado! Como o sol que aquece todo dia o distinto e o execrado Ô, malandro, o que que há?/O que faz você pensar/Que pode se agigantar/A fim de nos esmagar? Ô, malandro, assim não dá/Se coloque em seu lugar/Você pode se estrepar/Ao querer todos peitar
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Autoria: Gustavo Nobio - © 2010 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados.
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Musica e Letra: Gustavo Nobio INTRO (2X): Potente Durâmen… Sou o MC Rimano G.N./Aquele que não fala M**** por uma questão de higiene… (Uhn!) A quebra de silêncio se faz necessária e nem me comovo se muita gente não concorda Com força eu vou bater a porta, criar um rumor que importuna e que acorda Porque pra maledicentes não dou corda Tubarão devora impiedosamente quem se atreve a nadar longe da borda Inadmissível eu me submeter a uma avaliação de pessoas que estão por fora Aê! Tenho certeza que nasci para rimar a toda hora Tem gente que odeia, mas tem gente que adora O que se supõe ser coisa imprestável É uma linguagem verbo-rítmica que é bastante estimável Logo, eu não jogo em saco descartável/Letras que têm uma bossa admirável De uma levada joia eu faço ótimo proveito com veia maleável E se for preciso ajo com a destreza de um guerreiro implacável (RÁÁÁ!) Sou o MC Rimano G.N./Aquele que não fala M**** por uma questão de higiene… (Uhn!) Ô, fulano boçal!!! Pode chamar o rep de lixo musical Que eu te provo através do meu vocal Que tu és extremamente limitado para perceber o que é fenomenal (Chegou, chegou) Chegou o momento do espetáculooooo… porque na coxia muito tempo per-ma-ne-ci Aprecio o partido do Bezerra da Silva e as rimas do Jay-Z Gosto é uma questão de cada um por si Se não aceita, respeita, “cê sacô”? (Saquei!)/Papo tá dado, então falei A minha vontade não é de aterrorizar para atiçar temores O suingue e o recado são direcionados pra todas as classes e pra todas as cores Se roubei a sua atenção e consideração, eu peço palmas, caros senhoras e senhores O barulho soa bem porque tem base e coerência, sendo assim, então que rufem os tambores Sou o MC Rimano G.N./Aquele que não fala M**** por uma questão de higiene… (Uhn!) A quebra de silêncio se faz necessária e nem me comovo se muita gente não concorda Com força eu vou bater a porta, criar um rumor que importuna e que acorda Porque pra maledicentes não dou corda Tubarão devora impiedosamente quem se atreve a nadar longe da borda Inadmissível eu me submeter a uma avaliação de pessoas que estão por fora Aê! Tenho certeza que nasci para rimar a toda hora A minha intenção não é de aterrorizar para atiçar temores O suingue e o recado são direcionados pra todas as classes e pra todas as cores Se roubei a sua atenção e consideração, eu peço palmas, caros senhoras e senhores O barulho soa bem porque tem base e coerência, então que rufem os tambores Rimanooo… /Seu nome é Gê Eneee… Sou o MC Rimano G.N./Aquele que não fala M**** por uma questão de higiene… (Uhn!) — PoDu! Madeira de lei do hip hop do Brasil. Pode crer! Potente Durâmen.
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Vis À Vis 04:13
Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Caminho com a solidão quando estou acordado Nos meus sonhos você fica sempre ao meu lado Fico triste assim que desperto E vejo que não estás por perto Ah, como eu queria ser a roupa que te veste Pra estar junto de ti por norte, sul, leste, oeste E saiba que o sorriso teu Causa efeito sobre o meu E saiba que o sorriso teu Causa efeito sobre o meu É uma coisa mágica esse seu jeito de falar E vontade dá de te abraçar Adoro o seu senso de humor O responsável por meu ardor Não pode ser a ilusão o que penso à toa Imagino só eu com a sua pessoa Bem provável que mais adiante Me torne o seu fiel amante Oh, expectativa, não me deixe tão doente Eu recuso e não irei ao léu e tão plangente Quem disse que eu desisti Olhos nos olhos frente a ti Quem disse que eu desisti Rostos colados vis-à-vis É uma coisa mágica esse seu jeito de falar E vontade dá de te abraçar Adoro o seu senso de humor O responsável por meu ardor
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2008 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Ao abrir os olhos comecei a recordar/Por onde qu'eu andei, sem saber como cheguei, demorei pra acreditar Ao ficar de pé eu só via tudo rodar/Repulsa que se sente terrivelmente de amargar O corpo mole, indisposto, me impede de trabalhar/Arrisco um raciocínio, mas penoso é me concentrar Ao abrir os olhos comecei a recordar/Por onde qu'eu andei, sem saber como cheguei, demorei pra acreditar Ao ficar de pé eu só via tudo rodar/Repulsa que se sente terrivelmente de amargar Estou perdido e necessito urgentemente me encontrar/Prometo que eu nunca mais limites vou ultrapassar Percebo que o mundo para e algo em mim ainda gira, a fraqueza me domina e não consigo me mover/Os erros que eu cometi prefiro agora esquecer/Como é que uma besteira dessa pôde enfim acontecer - Tudo está embaçado e você não caminha com as próprias pernas, pois perdeu a consciência. A sola do calçado anda pelo paladar e a cabeça foi atingida por uma forte turbulência. Siga as instruções, controle suas emoções e proceda com excelência. Moderação é a sua incumbência! Ouço uma voz a me chamar que me oferece o que comer/Essa pessoa tão amável não se cansa de dizer: "Menino, se alimenta no almoço e no jantar e vê se para de beber" Conselho de mamãe é nota 10 e quem o segue só tem muito a aprender/Vou tomar isto como exemplo e regrar os meus costumes para não me arrepender O efeito etílico dilata minhas veias cerebrais e suga toda a minha força e o meu poder/A defesa pra curar de todo mal é natural, chá de boldo o que vai me reerguer
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. S-O-R-R-I-S-O M-I-S-E-R-A-N-D-O... (2x) Intro/vocalise: Ra, ra, ra, Ra, ra, ra, Ra, ra, ra, Raaa… Rindo dessa vida que eu levo sem teto e arruinado Comendo resto, todo imundo, chamado de vagabundo e largado Rindo de quem passa me olhando com cara de assustado Podendo dar ajuda, sem recusa, para um pobre coitado Rindo toda vez que anoitece por aqui pela cidade Penso se alguém vai me queimar e só por pura vaidade Rindo quando vejo o rebolado de uma beldade Fico babando, admirando, desejando, imaginando na vontade Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rindo a cada ano qu’eu completo andando pela “margem” E o presente que eu ganho é sempre amargo e com a mesma embalagem Rindo toda vez qu’eu participo daquela “viagem” Assim posso fugir da realidade e de tanta sacanagem Rindo ao sentir que estou doente, não podendo me tratar O que posso fazer é me encolher, gemer baixinho e só penar Rindo das vitrines que convidam mas não deixam eu entrar Porque não tenho o “cartãozinho de visita” e aparência pra comprar Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber RÁ! RÁ! Rio porque essa parece ser A única forma de ficar contente camuflando todo o meu sofrer Rindo de um sorriso que não brilha e afugenta tanta gente Falta de dentes e o mau hálito se unindo e se exibindo horrivelmente Rindo como poucos poderiam, vivendo como indigente Sem ter ao lado bons amigos, a família, a companheira ou um parente Rindo e dançando ao som da “música” que os homens executam Com despotismo os homens “regem” e a minha opinião nunca escutam Rindo evito as lágrimas enquanto eles, do néctar, desfrutam Meu Deus do céu, quanta ruindade, não repartem, falam muito e só me chutam O sorriso é miserando pois sobrevivo “mindingando” Se eu fosse como o Soberano, eu mudaria o mundo insano Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber RÁ! RÁ! Rio porque essa parece ser A única forma de ficar contente camuflando todo o meu sofrer
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Samba, maracatu, baião, reggae, blues, roquenrol, funk, forró, a salsa, o choro, hip hop, jazz e bossa nova/Da afromusicalidade eu fui gerado, alimentado, me formei com atitude e prudência e sou uma viva prova! Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!) Não sou um erudito, um dono da "situação" e muito menos ignóbil/Poeta do Brasil, um sujeito de "responsa", meu nome é Gêiser Nobio/E sem ficar dando voltas igual a espiral de uma rosca/Vou direto à sua escuta zumbindo como se fosse uma mosca/Para rimar a toda hora...tenho certeza que nasci/Ritmista verbal que representa N-I-T-E-R-O-I/A república federativa também é bem representada e temos aí/Gente que faz produzindo boa música do Oiapoque ao Chuí/Desde muito cedo eu já batia minhas asas para que um dia eu conseguisse o meu brevê/Imaginando poder ser formidável como Chico Buarque de Hollanda para o rep pebê/Aprendi ouvindo os veteranos alimentando o desejo de ser cantor ou emecê/A cabeça é pensante como a do geógrafo Milton Santos/A voz ativa do rimador soa por todos os cantos/É preciso garimpar o ouro negro a exemplo do Maestro Moacir Santos/Dedicação e otimismo que tenho dentro de mim é do tamanho, é do tamanho de um monte/Amo a música com a mesma paixão que um grande músico chamado Egberto Gismonti (Sim!) Sim! Forte e firme tô cumprindo fielmente esse dever que me diverte/Encho a vida de palavras e faço com que a ideia vá ligeira e desperte/De modo que cause efeito devastador num indivíduo de pensamento tão inerte/Está aberta a temporada de caçada/A varredura juntará e colocará na lata muita gente bitolada/Que ficará calada quando for alvejada por frases bem pensadas... disparadas em batelada/Vejo o povo encenando uma peça burlesca induzido por um papo "grudento"/Alienação e sensacionalismo que distraem um bando de cabeças de vento/Dono de um comportamento que carece de discernimento/Tudo em estado bruto requer um polimento, requer um polimento, requer um polimento Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!) Convencer ninguém eu não irei do que é ideal ou tedioso para se escutar/Se alguém disser, se alguém disser que rep é trilha sonora de bandido pode crer que eu vou contestar/Tenebrosas transações são feitas por engravatados mafiosos que gostam de ouvir as sinfonias de Beethoven e de Bach/RÁ! RÁ! RÁ! RÁ! RÁ! Todo mundo tem o hábito maldoso de rotular, é preciso ter argumento, eu não engulo blá-blá-blá/Hermeto Pascoal um dia disse que falar é uma forma de cantar/Ah, meu amigo, com ele tenho que concordar/Assinado: S.U.P.R.A. Vida Secular! Vários ignorantes afirmam que o som dos réperes não é música, mas algo panfletário/A definição seria se tratar exclusivamente de algum...gênero literário?/A definição seria se tratar de uma reunião de militantes em prol de um movimento partidário?/Contrariando eu sustento que é mú-si-ca sim, basicamente ritmada em compasso quaternário/No país das rimas e batidas o senhor Júlio Medaglia é estrangeiro/Confunde o comportamento caricatural de certos M.C.'s com aquele "bate-boca" verborrágico e corriqueiro/Desconhecendo totalmente, em sua essência, o rep verdadeiro/Dispara sua batuta giratória e desafina ao deixar de ser regente para ser um palpiteiro/Não sou americanizado, domino o canto falado, introduzo em minha cultura e o torno mais brasileiro/Guinga dedilha cheio de dedos o seu violão/Eu construo minha poética como o operário faz uma edificação/Utilizando uma, duas notas e rimando com personalidade e convicção/O simples é tão "peculiar" que é difícil de fazer com requinte e ainda ser autêntico/Com a tinteira e uma folha só quem é capaz rima sobre o ritmo sem parecer ridículo ou idêntico/O estilo pode ser pop, alternativo, módico, altissonante ou polêmico/O importante é ter ação e expressão, verbo incisivo e vigoroso para não ficar anêmico, não ficar anêmico, não ficar anêmico Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!)
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Música e Letra: Gustavo Nobio - © 2009 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. “Quer saber? É agora ou já/Mesmo que ela resista e diga ‘não’, insisto sim, mando meu ‘plá!’ e digo ‘venha cá!’/A hora é decisiva/Eu partirei pra ‘ofensiva’/Vou declarar-me àquela moça de andadura tão lasciva/Sem mandar recado e sem remeter missiva…” Olá, senhorita, muito encantado, perdoe-me atrapalhar o seu passeio/Venho carente para colorir teu dia trazendo como presente uma rosa e um galanteio/Passo a passo você vai deixando um enorme rastro de encantamento/Permita-me sentir esta magia que move intensamente o meu alento/Peço que ceda-me uns minutos do seu tempo/Não me abandone ao relento/Sofro de paixão aguda e preciso ser curado/Atenda o pedido do seu fã número um por ti obcecado/Se as oportunidades vão e vêm e programo a mente a só pensar que posso/Esse é momento certo para eu desabafar e dizer que o que sinto é um “troço”/Juro que não sei o que que eu faço/(Por onde começar?)/Me desculpa pelo embaraço/Desde antes de anteontem acompanho e admiro a formosura/Tu já viraste obra-prima e minha cabeça guarda com apreço a sua gravura/Veja bem: a troca de olhares é constante, ó doçura/São nossos hormônios trabalhando na loucura/Nos atraindo e pedindo que a gente logo se una/Para que eu possa tocar nesta boca tua à luz de 'la bella luna'/Conhecê-la melhor, saber de ti cada minúcia/Nenhuma outra garota me passou tanta fidúcia/Chega de solidão, chega de tropeço e tombo/Conforto é mais bem que um peito com um rombo/Por favor, venha pra perto e me aqueça, me aqueça/Quero que tua pele junto a minha me fortaleça Mulher como você tem que ser tombada com toda certeza Pois nada se compara à sua fineza Conclusão: tu és patrimônio da natureza Não diga que companhia você já tem/Por que eu sei que no momento você está sem ninguém/Formamos um belo par, fique comigo, eu tô sozinho meu bem/Olhaquifundonosmeusolhos e para eu sorria/Me dê sua mão porque a partir desse segundo tu és minha guria/Revelo que ficava inseguro, só que me livrei do medo/Suando frio com ansiedade eu esperei contando cada dedo/Para poder me aproximar levemente/Mas o azar ia na minha frente/Feito um sujeito chato e insistente/Porque toda vez que eu já estava decidido e pensando: “hoje com ela eu fico”/Sempre tinha um “gavião” querendo te ganhar fazendo uso do seu afiado bico/Algumas vezes cheguei a pensar que uma ave dessa de rapina iria carregá-la/Mas ainda bem… que não conseguiram ludibriá-la/Morria de ciúmes, hoje vivo em perfeita quietude/Respirando o odor feminil do seu perfume e te fazendo mimos amiúde/A figura da sua pessoa não me deixa mais inibido/Quanto mais olho pra você, mais eu me sinto atraído/Seus trejeitos lúbricos provocam minha libido Oh, que surpresa: nefelibática tu vens e me abraça Tudo que eu queria Ao pé do ouvido sussurra e faz graça Você me arrepia Mulher como você tem que ser tombada com toda certeza Pois nada se compara à sua fineza Conclusão: tu és patrimônio da natureza
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Música: Marcelo Bruno e Gustavo Nobio/Letra: G. Nobio - © 2000 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Venha viajar com todo mundo tocando e cantando aqui no vagão/Valorizando a cultura brasileira, nossa musicalidade, nosso ritmo através dessa canção/Não interessa o passado, o que me importa é agora/Acelerando o coração, embalado pelo rojão enquanto a embolada embola/E não precisa ajeitar o colarinho/Por que é sem formalidade que se dança o caboclinho/A moçada do asfalto sobe, sobe as escadas/Chegando bem no alto pra roda de batucada/É batendo no pandeiro/Que a cabrocha se requebra por inteiro Essa menina algo fez que me hipnotizou/Pois acompanho cada passo, com ela, com ela eu vou/Sei que “cê” gosta de folia/Então te faço companhia AÊ! AÊ! AÊ! AÊ! Mas sofre tanto nosso povo/Que eu só peço só um pouco/De dinheiro no bolso/Fé no Todo-Poderoso/E mais tempo para o gozo/Da vida eu só queria uma rede para o descanso/Também serviria uma cadeira de balanço/A fim de amenizar...o maçante cotidiaaaaanooooo
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Autoria: Gustavo Nobio - © 2009 - Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. A rotina é uma sina que me acompanha todos os dias, por cada rua e cada esquina Se estou cansado ela azucrina, se estou contente é o que determina Anseio inspirar novos ares E mergulhar de cabeça noutros mares No exercício da repetição, entre sinais vermelhos e a contramão Há momentos em que o enfado toma conta e falta motivação Mas a exemplo da bola do mundo que não pára de rolar Propósitos percorrem todo o campo do meu ser para encorajar Faço a ligação direta e dou a partida Eis que, num instante, ronca o motor da vida... A direção aponta a progressão de uma brilhante arremetida
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Intro: S.U.P.R.A. Vida para sempre!/Ê! (3X) S.U.P.R.A. Vida para sempre... S.U.P.R.A. Vida! Eu acordei, espreguicei... e bocejei na manhã de hoje ao som de uma orquestra de pássaros/Fui tirado da cama pelo sol e seus raios "violetamente" bárbaros/Do parapeito olho para o céu azul que enche meu peito de otimismo para viver e pugnar/E agradeço a Deus pelo cuidado com minha alma e por mais um dia espetacular/A combinação perfeita da levada e dos acordes que aliviam qualquer agrura/A música entusiástica para levar o meu humor na mais elevada altura/Mantém a cabeça erguida para sempre portar a “três por quatro” imaginária do meu amor/Aonde eu for/Ao encontro do horizonte, confiante do que busco, sigo eu sonhador/Acompanhado pelo astro-rei que reluz poderoso e cheio de energia/Deixando na "lanterna" o alcoviteiro que fala pelos cotovelos, do qual tenho alergia/Cadê quem torcia o nariz não contente?/Onde estiver vê o Gêiser lançando alterosamente/Todo o seu vapor de sua fonte intermitente O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! Quando a vitória é conseguida através de muita batalhação/Dá ao vitorioso a sua merecida credibilidade/O artista para e contempla a sua arte nascida da solidão/Pois é sentimental o valor da sua criatividade Para que seus objetivos sejam concretizados é lentíssimo o processo/Só com perseverança pode se obter reconhecimento e sucesso/Não se ganha nada de graça ou de mão beijada/É correria e ralação por muito tempo na estrada/Puro equívoco pensar que a felicidade se compra com dinheiro e fama/A amarga ausência de harmonia do ser, equivale a essência do mesmo suja de lama/Dispenso a soberba ostentação da riqueza e do estrelismo/Para não ser levado por uma angustiante correnteza ao abismo/Prefiro o alvorecer que é mais feliz junto de um corpo feminino/E purificar o pulmão depois do concerto de ontem à noite com oxigênio matutino/É a S.U.P.R.A. Vida/Quem sabe viver faz parte dessa torcida O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! Ritmada eloquência poética... é um discurso dialético emergido do gueto para o mundo antagônico ao torpor/Que utiliza a rítmica vocal como um soco sem mão fechada para um pensamento expor/Portanto, nuvens cinzentas que se aproximarem serão sopradas pelo vento leste/Evitando encobrir o límpido anil da abóbada celeste/Não quero que o tempo fique nublado/Ou que uma trovoada atrase o meu lado/Minha aura terá constantemente ao redor o abraço solar/Apenas este amplexo pode me esquentar/Saia pra lá/Quem vier com um abraço de tamanduá/Aproxime-se trazendo em ti o ardor do incandescente corpo sideral/Força e união não permitem que a "tempestade" traga o mal/ "A sorrir eu pretendo levar a vida/Mesmo vendo chorando a mocidade de perdida"(*) /Mas o céu não deixará de brilhar/Se uma estrela se apagar/Saltando é que se alcança/Cheio de esperança/Para superar o lamento com a bonança/Estando o dia propício, hei de receber o bronze do sol/Irei ao encontro do mundo, pois não posso ficar estagnado como se conservado em formol/Ao gol levo meu sonho como se fosse uma bola de futebol, bola de futebol O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! (*) Citação/adaptação de trecho da letra de "O Sol Nascerá", canção composta por Cartola e Elton Medeiros.
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Música e Letra: Gustavo Nobio Afros, indígenas e europeus construíram um Brasil multifaces E contribuíram pro crescimento de um país tropical, desigual e demagógico Livros ordinários ensinam tudo errado, deflagram guerra de classes A questão é desprezada e omitem a verdade sobre um passado histórico Camuflar não adianta, a situação já é sabida/Concentrada pigmentação é reprimida/Ligar a tevê você deve para ver a mesmice que pesa em minha retina/Somente um modelo “alvo” de beleza predomina/A mão de obra escura que fez a construção dessa nação teve pouco ou nenhum valor/Se atualmente os olhares contra a “cor” são cheios de rancor/Antigamente quilombolas eram atormentados com muita dor/(Ô!)/Ao chegarem no litoral brasileiro vindos do berço africano/Foram recebidos por escravocratas e inquisidores como peças e profanos/Depois de tudo que sentiram na pele os iorubás, malês e bantos/O saldo foi chão encharcado de sangue e rosto molhado de prantos/Os escravos foram duramente tratados/A base de trabalho forçado/E chibatadas de marcar o “lombo”/Castigo que os fez refugiarem pro quilombo/Hoje temos a liberdade/E desconhecemos a igualdade/Qual é motivo de tanto orgulho?/Será que moralmente somos sujos?/A sujeira está na cabeça de quem discrimina/Que pensa estar por cima/Rejeitando seres humanos que têm na pele um tom escuro de melanina Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação Lamentavelmente os negros tiveram uma trajetória marginalizada/Pois da escravidão se tornaram livres sem direito a nada/Sem alimento e sem morada/O crime foi a única solução/Para um povo cor de ébano que não tinha opção/Muito menos um ganha-pão/A favela se tornou a sua casa por falta de condição/Só há um reconhecimento conveniente/Quando o neguinho passa a ser uma pessoa eminente/Aí, todos oferecem a lua, o sol e todo o continente/Devagar estamos conquistando o nosso espaço/Firmando nossa negritude de mente articulada e peito de aço/Humildemente chegando ao estrelato/E mostrando que ser ‘bléque’ não é estar na moda e sim ser um fato/Não cruze os braços, seja ágil feito um negro gato/Batalhe por sua ascensão, por melhores salários e melhores papéis na televisão/Chega de interpretar subordinado ou ladrão/ (É assim que tem que ser/Lute pelo poder)/A teoria que afirma a superioridade do homem caucásico sobre os demais é infundada, foi quebrada e deve ser ignorada/Pois é desconexa a segregação pregada/Pelos radicais racistas, pelos grupos extremistas/Não quero meus semelhantes perseguidos como os judeus pelos nazistas Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação São cães raivosos e não consigo me conformar/Com procedimentos preconceituosos que gente estúpida insiste em adotar/Sabe de longa data que é fruto da miscigenação/(Aceitando ou não está no sangue!)/Tem a cara pau de promover a discriminação/(Falta de decoro, coisa infame!)/Odeia samba-canção, mas ama rock and roll derivado do blues dos campos de algodão/(Então, perceba o liame!)/Está vestindo a camisa do Bob Marley... fumando a erva caliente/Está curtindo o som ousado do Jimi Hendrix... com a guitarra entre os dentes/Faz capoeira e toca berimbau eximiamente/E todo ano pula nos blocos do carnaval baiano enlouquecidamente/(Fui claro, fui entendido?/Pense bem nesse assunto que está sendo discutido)/O racismo humilhou e espancou vários irmãos como se fossem algo empedernido/Provocou a ira dos Panteras e retraiu outros altamente constrangidos/Você que renega sua ancestralidade e acha que descende da suposta raça ariana/Saiba que seus antepassados eram negros e mulatos que colheram o café e cortaram muita cana/Não siga exemplos de uma podre sociedade deletéria/Há uma mistura correndo em sua artéria Somos filhos de um só Pai, ninguém é tão diferente Peço a Ele que nos livrai do preconceito inclemente Não existe supremacia, é preciso interação Seja qual for a etnia, basta de segregação
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Aperto o botão, se acende o tendencioso colorido que fascina e morfiniza/A exibição é recebida, vista, aplaudida e quem assiste não analisa... Que o leviano contribui, contribui para que não haja avanço/Perceba esse cheiro, é nauseante e pútrido e fede feito ranço/Só depois sentirá o mal-estar do que agora está o agradando/Pois a hipnose faz a cabeça concordar acreditando/Poderia ser melhor conduzido este veículo/O combustível usado pra movê-lo é ridículo/Ao ligá-lo, o transporte é feito de imediato/Durante esse percurso dá pra ver no ar as cenas de algo fútil e barato/Quem viaja nessa, perde a direção na ilusão da brincadeira/Sem sentir que a mente vai absorvendo tanta besteira/A mercadologia faz cada coisa impressionante/Pode fazer com que dejetos se transformem em "montante"/Evidente que nem tudo é prolixo/Aquilo que não presta vai pro lixo e o que se aproveita fica fixo/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!) Aqui no meu Brasil varonil/O lascivo é atração infantil/E a fé com má fé é usada como ferramenta mercantil... Foi deixada para trás a qualidade/E com muita facilidade/Empurram a mediocridade/Tudo pelo consumo em massa/Que faz do mau gosto a sua caça/Eles têm o domínio do controle remoto/Capaz até de influenciar o cidadão na hora do seu voto/Minuciosamente observando vê-se que existe uma ditadura/Que dificulta com ajuda de gente burra o florescimento da cultura/Formando uma geração de cabeças muito duras/Não se iluda com a tela pequena/Você não sabe o que se esconde atrás de uma aparência doce, tão serena/A notícia que nos chega é parcial e torta/Fulano fora das "luzes" de outra forma se comporta/Ao sentar diante do vídeo, tenha senso crítico/Entenderá que tudo que eu poetizo tem um fundamento analítico/Veja que muitas coisas se parecem/Com freqüência aparecem/Depois de um certo tempo transparecem/E com rapidez desaparecem/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!) Tô de longe, mas não é necessário telescópio/Daqui enxergo claramente nos bastidores putaria e muito ópio... Os olhos ficam na escolta/Do que se passa à nossa volta/Então escolha bem o gênero/Vivem nos oferecendo o que é destrutivo ou efêmero/Ter bom gosto é importante desde que não seja estreito/Querendo elitizar para agradar meia dúzia de sujeitos/Remontando os tempos de um país provincial/Ainda que contra a vulgaridade nacional/Espaço existe para todos, a diferença é que quem pode, paga o dobro para entrar no esquema do jogo/Pegando um atalho através do logro/É inserido no "contexto" se tiver um conchavo considerável/O medíocre passa a frente do talento notável julgado dispensável/Está com eles o poder/Caridade não existe, querem lucrar, querem vender/Convencem muito bem causando uma verdadeira febre/Induzindo a multidão a comprar e levar gato por lebre/Talvez demore muito ou nunca se dê conta/Que com estratégia cada "peça" se monta/Nesse ínterim eleva a audiência/Simultaneamente declinando a consciência/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!)
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Música e Letra: Gustavo Nobio - © 1996: Todos os direitos reservados ao autor. Faixa 04 da coletânea "Festvilla 3", lançada pela Escola de Música Villa-Lobos e FUNARJ em 1998. Estou aqui, aqui estou/Com muito fôlego, morou?/Mandando ver altivamente a todo vapor/Rimando sem parar rumo ao alvor/Cheio de disposição num bom diapasão, incentivando os habitantes dessa nação/Seguindo em frente, trilhando na exata direção: mudança e transformação através da expressão/Falando o que eu sinto e cogito com exatidão/Pois tenho minha própria opinião/E você deve ter a sua, meu irmão, acorde da escuridão/Vamos lá, gente indecisa, induzida, calada que não opina/Ponha-se na defensiva e fique, fique na ativa/Impeça que fulanos controlem sua vida/Por que não são eles que mantêm sua família/Nem adornam a sua casa com a mobília/Não são eles que te dão grana pra comprar comida/Permaneça em atividade/Deixe os inimigos de lado, na saudade/É por falta de atitude que nosso povo está nessa ainda de pobreza e miséria/Sendo sugado pelos “bactérias”/Escutando as inúteis conversas/Esperando pelas promessas/Dos enganadores que deitam e rolam às custas dos patetas/Tanta asnice bloqueia mentes e afeta/Será que as pessoas não se cansam de tamanha “abobrinha”?/Desprezem essas histórias da carochinha Vou, vou, vou, vou… Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô! Ação, é hora da revolução, se você não quer viver em vão/Cercado de decepção/Aja e corra para a libertação/Em união poderemos nos transformar num vulcão em erupção/Mas boa parte da população prefere perder tempo o dia inteiro diante de um aparelho de televisão/Tem que ter moderação, se não ocorre a deterioração/Exercite tua matéria que está dormente/Pois a ociosidade esgota a força da mente/Ei, ouvinte, eu sou um réper sincero, distante de ser mentiroso/Sei que muitos devem me achar um sujeito vaidoso ou pretensioso/Com o propósito de aproveitar-me de tudo manipulando a cabeça de quem é muito nulo/A mídia de mau gosto, a fim de faturar gananciosamente é o que entorpece os incultos/Estou aqui para tocar nas feridas dessa injusta sociedade/Quero que eles escutem eu repear versos de pura verdade/(Ouçam!)/Uso a sinceridade Vou, vou, vou, vou… Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô! Como que eu posso ficar parado/Vendo um pedinte faminto morrer calado/Vendo o negro, o mestiço, o mulato serem discriminados/Vendo gente simples e analfabetos sendo enganados/Vendo doentes de um precário hospital morrendo por falta de medicamentos e cuidados, hã?/Me responda imediatamente ou cale-se para sempre/Mesmo não tendo condição de ajudar financeiramente/De dar um maior apoio a essa gente/Eu faço minha parte adotando uma medida coerente/Transmitindo a quem quiser ouvir, as conseqüências dos atos praticados pelos homens de frio semblante/Botando a boca no “trombone” para que sejam mais amáveis com o semelhante/Aumente o volume pois quem fala é o “Gêiser Altyvo”/Por mendazes não permito ser persuadido/Só nas palavras de Deus eu acredito/É por pensar diferente que o que é veraz… profiro, profiro, profiro, profiro, profiro/Eu, um cara pacífico, muito, muito tranqüilo/Que quando sou ofendido/Solto o meu rugido/Provoco um escarcéu se for preciso/No meu calo ninguém pisa/Não admito uma coisa tão abusiva/A massa já sofreu à pampa [excessivamente] nas garras desses animais/Os dominantes montaram e rosetaram demais/Chega de tanto sofrimento e dor/Vamos aluir os arredores altivamente a todo vapor… altivamente a todo vapor Vou, vou, vou, vou… Altivamente a todo vapor Estremecendo tudo com o hip hop causando furor Pode crer, é isso aí! Pô, pô!
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2008 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Ao abrir os olhos comecei a recordar/Por onde qu`eu andei, sem saber como cheguei, demorei pra acreditar Ao ficar de pé eu só via tudo rodar/Repulsa que se sente terrivelmente de amargar O corpo mole, indisposto, me impede de trabalhar/Arrisco um raciocínio, mas penoso é me concentrar Ao abrir os olhos comecei a recordar/Por onde qu`eu andei, sem saber como cheguei, demorei pra acreditar Ao ficar de pé eu só via tudo rodar/Repulsa que se sente terrivelmente de amargar Estou perdido e necessito urgentemente me encontrar/Prometo que eu nunca mais limites vou ultrapassar Percebo que o mundo para e algo em mim ainda gira, a fraqueza me domina e não consigo me mover/Os erros que eu cometi prefiro agora esquecer/Como é que uma besteira dessa pôde enfim acontecer - Tudo está embaçado e você não caminha com as próprias pernas, pois perdeu a consciência. A sola do calçado anda pelo paladar e a cabeça foi atingida por uma forte turbulência. Siga as instruções, controle suas emoções e proceda com excelência. Moderação é a sua incumbência! Ouço uma voz a me chamar que me oferece o que comer/Essa pessoa tão amável não se cansa de dizer: "Menino, se alimenta no almoço e no jantar e vê se para de beber" Conselho de mamãe é nota 10 e quem o segue só tem muito a aprender/Vou tomar isto como exemplo e regrar os meus costumes para não me arrepender O efeito etílico dilata minhas veias cerebrais e suga toda a minha força e o meu poder/A defesa pra curar de todo mal é natural, chá de boldo o que vai me reerguer
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Intro/vocalise: Ra, ra, ra, Ra, ra, ra, Ra, ra, ra, Raaa… Rindo dessa vida que eu levo sem teto e arruinado Comendo resto, todo imundo, chamado de vagabundo e largado Rindo de quem passa me olhando com cara de assustado Podendo dar ajuda, sem recusa, para um pobre coitado Rindo toda vez que anoitece por aqui pela cidade Penso se alguém vai me queimar e só por pura vaidade Rindo quando vejo o rebolado de uma beldade Fico babando, admirando, desejando, imaginando na vontade Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rindo a cada ano qu’eu completo andando pela “margem” E o presente que eu ganho é sempre amargo e com a mesma embalagem Rindo toda vez qu’eu participo daquela “viagem” Assim posso fugir da realidade e de tanta sacanagem Rindo ao sentir que estou doente, não podendo me tratar O que posso fazer é me encolher, gemer baixinho e só penar Rindo das vitrines que convidam mas não deixam eu entrar Porque não tenho o “cartãozinho de visita” e aparência pra comprar Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber RÁ! RÁ! Rio porque essa parece ser A única forma de ficar contente camuflando todo o meu sofrer Rindo de um sorriso que não brilha e afugenta tanta gente Falta de dentes e o mau hálito se unindo e se exibindo horrivelmente Rindo como poucos poderiam, vivendo como indigente Sem ter ao lado bons amigos, a família, a companheira ou um parente Rindo e dançando ao som da “música” que os homens executam Com despotismo os homens “regem” e a minha opinião nunca escutam Rindo evito as lágrimas enquanto eles, do néctar, desfrutam Meu Deus do céu, quanta ruindade, não repartem, falam muito e só me chutam O sorriso é miserando pois sobrevivo “mindingando” Se eu fosse como o Soberano, eu mudaria o mundo insano Rindo de quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber Rin-do-de-quê? Rindo de quê? Quero saber, quero saber, quero saber RÁ! RÁ! Rio porque essa parece ser A única forma de ficar contente camuflando todo o meu sofrer
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Samba, maracatu, baião, reggae, blues, roquenrol, funk, forró, a salsa, o choro, hip hop, jazz e bossa nova/Da afromusicalidade eu fui gerado, alimentado, me formei com atitude e prudência e sou uma viva prova! Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!) Não sou um erudito, um dono da "situação" e muito menos ignóbil/Poeta do Brasil, um sujeito de "responsa", meu nome é Gêiser Nobio/E sem ficar dando voltas igual a espiral de uma rosca/Vou direto à sua escuta zumbindo como se fosse uma mosca/Para rimar a toda hora...tenho certeza que nasci/Ritmista verbal que representa N-I-T-E-R-O-I/A república federativa também é bem representada e temos aí/Gente que faz produzindo boa música do Oiapoque ao Chuí/Desde muito cedo eu já batia minhas asas para que um dia eu conseguisse o meu brevê/Imaginando poder ser formidável como Chico Buarque de Hollanda para o rep pebê/Aprendi ouvindo os veteranos alimentando o desejo de ser cantor ou emecê/A cabeça é pensante como a do geógrafo Milton Santos/A voz ativa do rimador soa por todos os cantos/É preciso garimpar o ouro negro a exemplo do Maestro Moacir Santos/Dedicação e otimismo que tenho dentro de mim é do tamanho, é do tamanho de um monte/Amo a música com a mesma paixão que um grande músico chamado Egberto Gismonti (Sim!) Sim! Forte e firme tô cumprindo fielmente esse dever que me diverte/Encho a vida de palavras e faço com que a ideia vá ligeira e desperte/De modo que cause efeito devastador num indivíduo de pensamento tão inerte/Está aberta a temporada de caçada/A varredura juntará e colocará na lata muita gente bitolada/Que ficará calada quando for alvejada por frases bem pensadas... disparadas em batelada/Vejo o povo encenando uma peça burlesca induzido por um papo "grudento"/Alienação e sensacionalismo que distraem um bando de cabeças de vento/Dono de um comportamento que carece de discernimento/Tudo em estado bruto requer um polimento, requer um polimento, requer um polimento Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!) Convencer ninguém eu não irei do que é ideal ou tedioso para se escutar/Se alguém disser, se alguém disser que rep é trilha sonora de bandido pode crer que eu vou contestar/Tenebrosas transações são feitas por engravatados mafiosos que gostam de ouvir as sinfonias de Beethoven e de Bach/RÁ! RÁ! RÁ! RÁ! RÁ! Todo mundo tem o hábito maldoso de rotular, é preciso ter argumento, eu não engulo blá-blá-blá/Hermeto Pascoal um dia disse que falar é uma forma de cantar/Ah, meu amigo, com ele tenho que concordar/Assinado: S.U.P.R.A. Vida Secular! Eu faço música para viver em harmonia (harmonia!) Ando com fé para ficar longe da agonia (agonia!) Mantendo a direção... e avante! Sendo seguro ao volante Mas se jogarem sujo, vou agir habilidoso e cortante (cortante!)
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Música e Letra: Gustavo Nobio - © 2005 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Parece obsessão, uma febre ensolarada, alguma coisa patológica/Quem tem objetivação busca a sua felicidade com a sua agilidade e usando bem a lógica/Bem…, pelo menos essa é a minha ótica/Depois que termina o auê carnavalesco tudo volta ao perfeito “imperfeito funcionamento”/Todos caem na “real” e se veem prisioneiros do tormento/Se antes era risos e alegria, agora acaba a ilusão e continua o lamento/Minha vida segue rotineira, acordando cedo de segunda a sábado, sabia?/Para garantir o meu fundo de garantia/Todo dia/Fazendo o mesmo percurso já rodado, por P.M.’s abordado, com o pensamento voltado à ritmada eloquência da minha poesia/Berço de ouro nunca foi meu leito de nascedouro, portanto, seguro minha barra com muita ousadia/Mantendo viva a meta traçada, sempre calculada nas idas e vindas pela ponte Rio-Niterói que faz a via O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse A luta diária é como um combativo duelo de gigantes/Brigamos e lidamos com forças e adversidades a todos os instantes/Poucas são as pessoas que te dão apoio, que nas horas críticas a sua autoestima dão um ótimo levante/Gente disposta a baixar sua potência de agir tem de montão pra destruir o seu sonho tão importante/(Aqui, óóó!!!)/Mando um “F” de tamanho grande e nada elegante/Não me atrasa se você não me adianta/Não empaca na minha frente sua anta/Jesus, Maria, José! Eu vivo cada coisa e sei exatamente como é/Alguém tentando incansavelmente por sal no teu café/Fauna de selvagens animais que pensam, tipo crocodilo devorando jacaré/Dizem que o segredo é a alma do empreendimento pro negócio prosperar/Pois bem, batalho oportunidades em silêncio, a driblar/Zoião de seca pimenteira que tem a mania de bisbilhotar/Nada vai me atrapalhar/Tô em casa e daqui ninguém me tira, Niterói é o lugar/Meu doce lar O ritmo da sobrevivência é surreal de tão pauleira A gente bate cabeça no concreto ou na madeira E aprende na marra de qualquer, de qualquer maneira Nas ruas, sábado, domingo, de segunda a sexta-feira Via ponte Rio-Niterói a vida segue Superando dificuldades, a vitória se consegue Tudo que eu preciso é da preciosa chance Se há perseverança, eu salto e chego ao alcance De-sis-tir nem pensar… desistência nem pensar por mais que eu me canse
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Eu acordei, espreguicei... e bocejei na manhã de hoje ao som de uma orquestra de pássaros/Fui tirado da cama pelo sol e seus raios "violetamente" bárbaros/Do parapeito olho para o céu azul que enche meu peito de otimismo para viver e pugnar/E agradeço a Deus pelo cuidado com minha alma e por mais um dia espetacular/A combinação perfeita da levada e dos acordes que aliviam qualquer agrura/A música entusiástica para levar o meu humor na mais elevada altura/Mantém a cabeça erguida para sempre portar a “três por quatro” imaginária do meu amor/Aonde eu for/Ao encontro do horizonte, confiante do que busco, sigo eu sonhador/Acompanhado pelo astro-rei que reluz poderoso e cheio de energia/Deixando na "lanterna" o alcoviteiro que fala pelos cotovelos, do qual tenho alergia/Cadê quem torcia o nariz não contente?/Onde estiver vê o Gêiser lançando alterosamente/Todo o seu vapor de sua fonte intermitente O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! Quando a vitória é conseguida através de muita batalhação/Dá ao vitorioso a sua merecida credibilidade/O artista para e contempla a sua arte nascida da solidão/Pois é sentimental o valor da sua criatividade Para que seus objetivos sejam concretizados é lentíssimo o processo/Só com perseverança pode se obter reconhecimento e sucesso/Não se ganha nada de graça ou de mão beijada/É correria e ralação por muito tempo na estrada/Puro equívoco pensar que a felicidade se compra com dinheiro e fama/A amarga ausência de harmonia do ser, equivale a essência do mesmo suja de lama/Dispenso a soberba ostentação da riqueza e do estrelismo/Para não ser levado por uma angustiante correnteza ao abismo/Prefiro o alvorecer que é mais feliz junto de um corpo feminino/E purificar o pulmão depois do concerto de ontem à noite com oxigênio matutino/É a S.U.P.R.A. Vida/Quem sabe viver faz parte dessa torcida O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! Ritmada eloquência poética... é um discurso dialético emergido do gueto para o mundo antagônico ao torpor/Que utiliza a rítmica vocal como um soco sem mão fechada para um pensamento expor/Portanto, nuvens cinzentas que se aproximarem serão sopradas pelo vento leste/Evitando encobrir o límpido anil da abóbada celeste/Não quero que o tempo fique nublado/Ou que uma trovoada atrase o meu lado/Minha aura terá constantemente ao redor o abraço solar/Apenas este amplexo pode me esquentar/Saia pra lá/Quem vier com um abraço de tamanduá/Aproxime-se trazendo em ti o ardor do incandescente corpo sideral/Força e união não permitem que a "tempestade" traga o mal/ "A sorrir eu pretendo levar a vida/Mesmo vendo chorando a mocidade de perdida"(*) /Mas o céu não deixará de brilhar/Se uma estrela se apagar/Saltando é que se alcança/Cheio de esperança/Para superar o lamento com a bonança/Estando o dia propício, hei de receber o bronze do sol/Irei ao encontro do mundo, pois não posso ficar estagnado como se conservado em formol/Ao gol levo meu sonho como se fosse uma bola de futebol, bola de futebol O brilho do sol está tão intenso/Nasce e se põe redondo e propenso/O fogo pertinaz que arde é imenso/Sinto avidez e penso.../Tenho capacidade e venço! (*) Citação/adaptação de trecho da letra de "O Sol Nascerá", canção composta por Cartola e Elton Medeiros.
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Música e Letra: Gustavo Nobio. © 2006 Peripécia Poética Edições Musicais. Todos os direitos reservados. Aperto o botão, se acende o tendencioso colorido que fascina e morfiniza/A exibição é recebida, vista, aplaudida e quem assiste não analisa... Que o leviano contribui, contribui para que não haja avanço/Perceba esse cheiro, é nauseante e pútrido e fede feito ranço/Só depois sentirá o mal-estar do que agora está o agradando/Pois a hipnose faz a cabeça concordar acreditando/Poderia ser melhor conduzido este veículo/O combustível usado pra movê-lo é ridículo/Ao ligá-lo, o transporte é feito de imediato/Durante esse percurso dá pra ver no ar as cenas de algo fútil e barato/Quem viaja nessa, perde a direção na ilusão da brincadeira/Sem sentir que a mente vai absorvendo tanta besteira/A mercadologia faz cada coisa impressionante/Pode fazer com que dejetos se transformem em "montante"/Evidente que nem tudo é prolixo/Aquilo que não presta vai pro lixo e o que se aproveita fica fixo/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!) Aqui no meu Brasil varonil/O lascivo é atração infantil/E a fé com má fé é usada como ferramenta mercantil... Foi deixada para trás a qualidade/E com muita facilidade/Empurram a mediocridade/Tudo pelo consumo em massa/Que faz do mau gosto a sua caça/Eles têm o domínio do controle remoto/Capaz até de influenciar o cidadão na hora do seu voto/Minuciosamente observando vê-se que existe uma ditadura/Que dificulta com ajuda de gente burra o florescimento da cultura/Formando uma geração de cabeças muito duras/Não se iluda com a tela pequena/Você não sabe o que se esconde atrás de uma aparência doce, tão serena/A notícia que nos chega é parcial e torta/Fulano fora das "luzes" de outra forma se comporta/Ao sentar diante do vídeo, tenha senso crítico/Entenderá que tudo que eu poetizo tem um fundamento analítico/Veja que muitas coisas se parecem/Com freqüência aparecem/Depois de um certo tempo transparecem/E com rapidez desaparecem/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!) Tô de longe, mas não é necessário telescópio/Daqui enxergo claramente nos bastidores putaria e muito ópio... Os olhos ficam na escolta/Do que se passa à nossa volta/Então escolha bem o gênero/Vivem nos oferecendo o que é destrutivo ou efêmero/Ter bom gosto é importante desde que não seja estreito/Querendo elitizar para agradar meia dúzia de sujeitos/Remontando os tempos de um país provincial/Ainda que contra a vulgaridade nacional/Espaço existe para todos, a diferença é que quem pode, paga o dobro para entrar no esquema do jogo/Pegando um atalho através do logro/É inserido no "contexto" se tiver um conchavo considerável/O medíocre passa a frente do talento notável julgado dispensável/Está com eles o poder/Caridade não existe, querem lucrar, querem vender/Convencem muito bem causando uma verdadeira febre/Induzindo a multidão a comprar e levar gato por lebre/Talvez demore muito ou nunca se dê conta/Que com estratégia cada "peça" se monta/Nesse ínterim eleva a audiência/Simultaneamente declinando a consciência/( Minha gente! Atenção para uma notícia urgente ) Esse veículo está sendo conduzido por uma estrada errada É lamentável cada derrapada dada Sempre carregando malas e bagagem exagerada Andaria bem melhor se não levasse tanta tralha que não serve para nada (Por favor, desliga na tomada!)

about

BIO

Gustavo Nobio is a native artist and scientific disseminator from the state of Rio de Janeiro (Brazil) and established in the city of Niterói, born in Bom Jesus do Itabapoana on October 1st, 1975. Singer, songwriter and rapper who defines his songs as Brazilian popular music that moves through hip hop with the vibe of the afrobeat, electronic beats and the influence of jazz, bossa nova, samba and rock. An ecologist by conviction and a composer for mere amusement, Gusnob - as he is also known - continues to play in front of singing to live and dream.

Gustavo Nobio é artista e divulgador científico natural do Estado do Rio de Janeiro e estabelecido na cidade de Niterói, nascido em Bom Jesus do Itabapoana no dia 1º de outubro de 1975. Cantor, compositor e rapper que define suas canções como música popular brasileira transitando pelo hip hop com a vibração do afrobeat, batidas eletrônicas e a influência do jazz, da bossa nova, do samba e do rock. Ecologista por convicção e cancionista por mera diversão, Gusnob - como também é conhecido - segue tocando em frente a cantar para viver e sonhar.

LINHA DO TEMPO

1995 - Gravou a primeira fita demo com três músicas produzidas por Marcos Vampa, ex-tecladista da banda do Zé Ramalho.

1996 - Participou do Festival da Canção Estudantil (FESCAN), da rádio MEC, com o rap "Altivamente A Todo Vapor" - de sua autoria - sob o pseudônimo Gêiser Altyvo. Nesse ano subiu ao palco do Teatro Dulcina (RJ) pela primeira vez.

1997 - Participou da terceira edição do Festival da Canção da Escola de Música Villa-Lobos (Festvilla) também com o rap "Altivamente A Todo Vapor", que ficou em quarto lugar.

1998 - A Escola de Música Villa-Lobos lançou o CD "Festvilla 3", que inclui "Altivamente A Todo Vapor" (faixa 4).

1998 - Participou da quarta edição do Festival da Canção da Escola de Música Villa-Lobos (Festvilla) com a canção "Venha Viajar" (composta por Marcelo Bruno, Gustavo Nobio e Fabio Barreto), que ficou em segundo lugar.

1999 - Participou do evento Hip Hop Rio - promovido por Marcelo D2 - como convidado do rapper Ronier 73 na Lona Cultural Gilberto Gil, em Realengo.

2000 - A Escola de Música Villa-Lobos lançou o CD "Festvilla 4", que inclui "Venha Viajar" (faixa 2).

2000 - Participou da coletânea "Zoeira Hip Hop", idealizada pela produtora cultural Elza Cohen, junto com a dupla Ronier 73 & DJ Juan no rap "Quem Cala Consente" (faixa 14 do CD encartado na edição número 80 da revista TRIP).

2004 - Participou da coletânea "O Som de Niterói" - com a música "Vacilante Que Pensa Que É Gigante" sob o pseudônimo S.U.P.R.A. Vida Secular! -, CD que reúne bandas da cidade organizado pelo jornalista Pedro de Luna.

2005 - Sob o pseudônimo S.U.P.R.A. Vida Secular!, lançou de forma independente o CD "Compacto Simples (Mente)" com as músicas "Vacilante Que Pensa Que É Gigante" e "O Grande Espetáculo", de sua autoria e produzidas por ele e Bruno Marcus (Tomba Records).

2008 - Lançou o álbum "Ritmada Eloqüência Poética (Vol. I)" como S.U.P.R.A. Vida Secular!, produzido por Raul Rachid (do grupo Saara Saara).

2010 - Lançou o álbum "PoDu EP: Experiência Positiva", sob o pseudônimo Potente Durâmen, produzido por ele e Bruno Marcus (Tomba Records).

2019 - Lançou a coletânea "Sucessos Nobianos Que O Mundo Nunca Ouviu!", disponível nas principais plataformas digitais.

credits

released May 19, 2019

Todas as letras e músicas compostas por Gustavo Nobio. Produção e arranjo: Raul Rachid, Bruno Marcus e G. Nobio.

O álbum é uma compilação de gravações realizadas pelo intérprete vocal entre 2004 e 2010 (exceto as faixas "Altivamente A Todo Vapor", de 1998; e "Rap Embolada", de 2000).

© 2019 - Sucessos Nobianos Que O Mundo Nunca Ouviu!. Todos os direitos reservados ao autor.

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Gustavo Nobio RJ, Brazil

Artista e divulgador científico natural do Estado do Rio de Janeiro e estabelecido na cidade de Niterói, nascido em Bom Jesus do Itabapoana no dia 1º de outubro de 1975. Cantor, compositor e rapper que define suas canções como música popular brasileira transitando pelo hip hop com a vibração do afrobeat, batidas eletrônicas e a influência do jazz, da bossa nova, do samba e do rock. ... more

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